21.9.07

Sensatez

²Estávamos sentados na cama dele, completamente vestidos, quando ele abriu a gaveta da cômoda e tirou a arma pela primeira vez. O cano curto e o negro brilhoso do metal frio pousaram em minhas mãos. Alisei o aparelho mortal. Ele colocou as mãos sobre a minha, agarrou meus dedos e apontamos a arma juntos para um alvo imaginário na parede.
²O brinquedo virou constante nos nossos encontros semanais no apartamento dele, em Brotas. Eu chegava da escola cheia de módulos pré-vestibular e com o uniforme suado, ele nem deixava que eu tomasse banho. Tirava minhas roupas com carinho e me colocava na cama, pacífica, enquanto passava o cano frio pelo meu corpo.
²Com o tempo, alguns meses, os limites subiram cada vez mais. Ele começou a passar o cano da arma carregada na minha virilha, de leve e depois com mais força. Eu tirava as balas do tambor, girava a cabeça da munição ogivada, chupava o metal até que esquentasse em minha boca. Depois introduzia nele, que gritava e gemia intensamente. Ficamos dois meses nesse jogo. Quando chegou a época do vestibular, meus pais me prenderam em casa e afoguei os olhos em livros de matemática, português e história. Ele também não me ligou, mas conservei a chave do partamento dele, uma oferenda que garantia a presteza de nossas tardes lúbricas.
²Depois da primeira fase, fui até o apartamento dele. Na cama, ele seduzia uma menina ainda mais jovem do que eu, e nem tão mais velha do que ele, que tinha 21 e era sustentado pelo pai ausente e milionário. Os dois parecerem assustados); o cano da arma estava seboso de fluídos); meu rosto queimou e fiquei vermelha. Ele chegou perto de mim, me pegou pela mão, me colocou na cama ao lado da outra, limpou o cano da arma e a colocou nas minhas mãos. O ciclo completou-se. Tirei a roupa e quando a outra menina viu meios seios brancos, foi a sua vez de corar.

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