Igor, meu velho, vamos competir demências?
PASSÁRGADA
Vou-me embora pra Passárgada.
Lá sou escravo do rei,
tenho os pesares que quero,
chicoteado serei.
Vou-me embora pra Passárgada,
confortar-me em azia.
Lá, a existência é uma amargura
de tal modo inclemente,
que Joanna, a louca de Espanha,
vem a ser o reagente
dessa nefasta alquimia.
Em Passargada tem tudo,
é uma outra civilização.
Tem um processo astuto
de impedir a empolgação.
Tem sombras automáticas
e prostitutas aflitas
pra gente namorar.
Lá sou escravo do rei.
Tenho os pesares que quero,
chicoteado serei.
Vou-me embora pra Passárgada.
André
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