Aguardo esclarecimento sobre a página da internet com que me deparei esta manhã: anúncio de venda do CD "Matéria Prima" na loja virtual de um selo fonográfico brasileiro. O disco foi composto e gravado pela patota que, nos idos de 1998, circulava pelo então recém-inaugurado (e, segundo informes recentes, hoje inativo) estúdio da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Aqueles experimentos sonoros - com que procurávamos compreender e praticar alguns dos padrões estéticos acionados na produção musical veiculada pela mídia de massa pré-Napster - deram numa coletânea heterogênea, com protótipos de funk, rock, MPB e pop (além do porventura primeiro trip hop gravado na Bahia, Derange). Lançado em Salvador no ano 2000 (com tiragem de 1.000 cópias), o CD não repercutiu fora do eixo Ondina-Rio Vermelho e foi prontamente esquecido pelo século, emergindo agora do limbo, inesperada e inexplicavelmente. "Matéria Prima" custa R$ 9,90 no site, mas não incentivo compras enquanto não souber para quem está indo o dinheiro dos direitos autorais.
(wc)
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