[esse é das antigas mesmo, recauchutado, cortado e aumentado. uma complicação. veja aí]
25/08/2005
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Ficcões
Surprighauschineok
Tudo começa num tribunal. No centro da corte há um palco onde fica o juiz. Paredes de madeira e bancos respeitáveis ao redor, símbolos da justiça no teto. O acusado também é pendurado no teto, onde fica balançando enquanto o Juiz surge de um alçapão e bate o martelo. Neste momento estão na sala: um Surprighauschineok [aspecto misterioso], um juiz de direito [32 anos de serviço público], um policial [barriga de cerveja], um garoto de classe média [tênis vistosos] e um padre [membro da classe religiosa].
1
Surprighauschineok aguarda o início do julgamento. O policial olha para ele e fala devagar, passando a língua pelos lábios:
– você vai morrer, eu vou apertar o botão e você vai virar proteína.
O juiz levanta e informa a sentença, encarando Surprighauschineok com seus olhos dignos e piedosos:
– Pelo crime de Heresia em primeiro grau, pirataria de informações e fornicação consentida, o réu será transformado em proteína – aperta um botão e Surprighauschineok é baixado ao chão. O policial segura seu cabelo e vai lhe arrastando até a porta. O padre sorri de satisfação.
2
Surprighauschineok dá uma rasteira no policial, pula em cima do juiz e arranca sua cabeça com um golpe. O adolescente de classe média não entende nada, mas aplaude excitado. O padre lhe entrega um terço e um quilo de incenso, mas o garoto está entediado e com dor de cabeça, tentando apertar botões imaginários para assistir ao Jornal Nacional. Surge um portal dimensional luminoso e dele saem Willian Bonner e três funcionários padronizados de uniforme azul.
3
O portal dimensional inunda a sala do julgamento com informações inúteis. O garoto vai embora, mas leva o incenso e o terço. O padre e os três funcionários padronizados morrem afogados, mas Willian Bonner sobrevive e volta aos estúdios, enquanto Surprighauschineok coloca o policial ainda vivo no transformador de proteína.
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