5.3.04

A seus pés


Ela bem sabe o fetiche que tenho por seus pés, e claro, se aproveita disso.
Gosta de sair comigo para comprar suas sandálias, ou tamancos. Então veste uma minúscula e sensual langeri, que depois percebo, combina com a cor do calçado que comprará, coloca uma saia de curta a curtíssima e juntos vamos as lojas. Escolhe sempre sem pressa nas vitrines enquanto os atendentes vêm ansiosos oferecer seus préstimos, e quando algo lhe agrada ela escolhe um vendedor e pede para provar, mas não põe as mãos na mercadoria, senta-se na cadeira do provador como que ocupasse um trono e deixa que calce, e descalce seus pés, sem medo de dizer não e sair sem comprar nada, sempre enrubescendo a face do nefasto que mesmo sem querer sente seu perfume íntimo e avista muito mais que eu que estou ao lado.
Com minha presença, ele desconsertado, teme espiar seu meio de pernas que distraidamente por vezes pode revelar algo mais, imediatamente me sobe o tesão que também me enrubesce, sinto minha face esquentar sanguinolenta e me doer pontudo no peito, e na testa, já nem sei se senti primeiro o tesão ou a pontada, mas inflamo, e ela percebe.
Sem temer a extravagância, ela escolhe uma sandália altíssima e de tiras, que o rapaz, ainda que envergonhado, e evitando nossos olhos, sem pressa trança em seu tornozelo e fecha a fivela em sua canela. Faz questão que lhe coloque o par, levanta-se para olhar no espelho e pergunta se gostei com uma piscada safada, fazendo menção de que é para mim.
Enquanto pago no caixa ela retira o pacote e conversa com o atendente ainda extasiado e boquiaberto, enrijeço, do corpo até a alma, - me paga a danada, sinto vontade de com força rachá-la ao meio - e anseio louco por estar na intimidade com ela. Finalmente a sós, vou abraçá-la e ela me repulsa dizendo que sou apressado. Ela abre as pernas expondo para mim sua suculência, seu aconchego, mas não sem antes me fazer seu vassalo, seu capacho, seu cão. - Cadela. "

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